domingo, 6 de janeiro de 2019

Primeira Exposição individual: Museu do Doce, 01/12/2018, Pelotas, RS

Ocorreu em primeiro de dezembro de 2018 a Primeira Exposição Individual do escultor Alex Nunes.
Composta por diferentes peças que integram suas linhas escultórias, a tarde no Museu do Doce – localizado no Centro histórico da cidade de Pelotas, RS – foi de interessante convivência com amigos e admiradores e um momento para o escultor observar a emoção que seu trabalho provoca nas pessoas.
Reunidas em diferentes totens dispostos na Sala da Confeitaria, um dos muitos espaços que integram o Casarão 8, tombado pelo IPHAN –  Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – que hoje abriga o Museu do Doce, Alex mostrou obras que representam todas as coleções já esculpidas.
Uma das que mais chamou a atenção do público presente foi a Coleção Sapiens, composta por um grupo considerável de escultaras em Basalto de variados tons e tamanhos cuja inspiração são as corujas, pássaro admirado pelo escultor
Com a produção de imagens da fotógrafa Samara Izabel Peres de Oliveira, a exposição evidenciou as demais linhas escultórias de Alex Nunes. Elas são:
1. Portais do Rio Grande do Sulcomposta por dezesseis portais em Basalto sobre bases de Granito unidas por pinos em ferro, a coleção evidencia a convivência de materiais e diferenciados tipos de rochas, cores, composições.
2. Cuorecomposto por corações esculpidos em seixos rolados recolhidos em riachos no interior do Rio Grande de Sul, a coleção é uma declaração de amor aos formatos que, por rolarem entre outros seixos dentro d'água, tornam-se similares a coração humano
A peça Tamandaré Uno
integra a coleção

Ruas e Avenidas.

3. Ruas e Avenidas: formada por esculturas que elogiam os solos do sul do Rio Grande do Sul, foram compostas para registar a passagem do escultor pelas ruas e avenidas nas quais trabalhou desde a adolescência até a adultez. Todas compostas por basaltos na parte superior e unidas a um bloco de granito, possuem nomes em homenagem a essa ruas.
Escultura em gesso, 
produzida a partir da
mão direita
da escritora
Cristina Maria Rosa.
4. Mãos do trabalho: esculturas em gesso feitas a partir de um molde de um adas mãos de profissionais, foi criada para elogiar as mãos que trabalham, que sustentam as variadas atividades e profissões que existem no Rio Grande de Sul. Entre elas, dos vinicultores, dos cesteiros, dos artistas, dos trabalhadores urbanos.
5. Sapiensem homenagem ao humano e sua peculiar forma de pensar, o grupo de peças dessa coleção é o maior e mais variado. Possui esculturas desde alguns centímetros até muito grandes, chegando a pesar trinta quilos. O impacto de suas cores reveladas e formas curiosas e expressivas tornou a exposição muito atraente aos visitantes.
Comercialização das obras de Arte
Nesse primeiro momento, Alex Nuñes não imaginava que haveria interesse pela aquisição de sua obras. Sua primeira intenção foi oportunizar trocas com colegas das artes, amigos e familiares, além de desconhecidos que, ao visitarem o Museu no sábado, circularam pela exposição e apreciaram as peças das várias séries.
Assim, não havia, diante das obras, as tradicionais identificações com nomes e valores. No entanto, algumas peças não mais voltaram para o acervo do escultor, indicando que outros espaços foram compostos com arte escultória.

sábado, 5 de janeiro de 2019

Sapiens – Pensamento em Basalto


Em basalto rosado e incrustações de cristais,
a rocha foi recolhida no Vale dos Vinhedos,
em Bento Gonçalves, RS.
Dimensões: 23 cm de altura, 16 cm de largura
e 9 cm de profundidade.
A exposição Sapiens – Pensamento em Basalto é uma das linhas escultórias de Alex Nuñes, nascido em Santa Maria em 1979.
Desde menino, relaciona-se com terra, água, ferramentas e silêncio. Em viagens de estudos em que a arte foi o objeto primordial de conhecimento, conheceu escultores brasileiros e suas obras. Impactado com a beleza rara e singular de Inhotim, produziu, em 2017, obras para a exposição Mini Jardins, coletiva do Atelier Livre da UFPel.
Nuñes escolheu entalhar em matéria dura como possibilidade de deixar impresso um modo de ver, sentir, representar. A rocha selecionada para a exposição Sapiens – Pensamento em Basalto, está disponível em grande variedade de cores no solo gaúcho, ofertando, assim, matéria prima em abundância. Em terras agricultáveis, os fragmentos são desnecessários e presenteados ao escultor.
Um dos processos de intervenção,
o acabamento ocorre com 
outras rochas e com variados gaus de lixas.
É um trabalho meticuloso e manual.

O processo de esculpir é composto por três atitudes:
1. Escolha de fragmentos de rocha adequados à intervenção;
2. Intervenção com instrumentos;
3. Acabamento ou lixamento da peça.
O resultado – obras de arte em basalto polido – se oferecem para admiração e convivência.
Cioccolato foi esculpida 
em um fragmento de Basalto.
Oriundo de 
Nova Prata, RS,
foi recolhido 
em maio de 2017. É uma p
eça única e 
integra a Coleção Sapiens.
Na exposição que está sendo preparada para 2019, Alex Nuñes escolheu 20 peças de variados tamanhos e cores, representativas dos basaltos do Rio Grande do Sul. 
Animada pelo respeito aos pássaros que observa na Localidade 80 da Leopoldina, em Monte Belo do Sul, onde, atualmente, está residindo, a Coleção Sapiens – Pensamento em Basalto, tem nas corujas sua inspiração escultória.
Algumas delas puderam ser observadas na exposição ocorrida em dezembro de 2018, no Museu do Doce em Pelotas, RS. Nela, os presentes puderam conhecer exemplares de todas as linhas escultórias de Alex Nuñes.