terça-feira, 28 de julho de 2020

Esculturas de Alex Nuñes em "Arte para cego ver", de Haos


Esculturas: Bento Gonçalves repercute Exposição de HAOS


Foi publicado hoje, no site da Prefeitura de Bentos Gonçalves – um dos mais charmosos municípios da Serra Gaúcha, também conhecido por seu vigor na indústria da vitivinicultura –, a “Exposição Fotográfica Helio Alexandre:  A Arte para Cego Ver”. O foco do artista é o processo produtivo de diferentes artes – entre elas, escultura, desenho e pintura – de dez artistas residentes no município. Para ler na íntegra a reportagem, clique em: http://www.bentogoncalves.rs.gov.br/noticia/fotografo-haos-bg-lanca-exposicao-virtual-voltada-para-deficientes-visuais
Helio Alexandre Obregon dos Santos
Haos, como é conhecido o fotógrafo Helio Alexandre, conheceu, documentou e fotografou, no primeiro semestre de 2020, um grupo de pessoas que faz arte e que vive da arte que faz. As obras e os locais de trabalho foram capturados por suas lentes; a biografia de cada um, escrita por ele ou enviada pelos artistas; a seleção de parte das imagens e a criação da exposição online conclui o trabalho que, agora, a partir de 31 de julho, estará disponível.
Na exposição fotográfica, as imagens feitas pelo fotógrafo serão descritas, para que deficientes visuais possam conhecer seus tons, ângulos, personagens, movimentos. Esse é um processo conhecido como foto descrição. Helio Andrade escolheu esse formato como método de acessibilidade a fim de oportunizar a deficientes visuais o conhecimento acerca de algumas obras e artistas de Bento Gonçalves. Ao retratar artistas locais, acredita, “o projeto fomenta a produção artística e, ao descrever os retratos de obras e os seus autores, amplia o acesso e a fruição”.
Descrevendo Alex Nuñes
Em primeiro plano, o escultor Alex. Ele é um homem de 40 anos, tem 1m e 84 cm de estatura e pesa em torno de 100 quilos. Tem feições que revelam suas origens: por parte de pai, é neto de Nair, caingangue da região do Vale do Taquari e Aristeu Nuñes, um espanhol vindo do Uruguai. Por parte de mãe, neto de Constância, a vó preta e o Ferroviário Diogo, um uruguaio que, em casa, só falava espanhol. Alex tem cabelos pretos, de comprimento médio, levemente grisalhos. Usa barba de comprimento médio, quase todas grisalha, que se mantém escura na região da boca. Na foto, usa camiseta de mangas curta de cor preta e calça jeans azul escura. Sobre a roupa, um avental de couro na cor cinza para proteger o abdômen ao esculpir em pedra.
A imagem foi capturada no Atelier de Alex, que se encontra em construção. Por isso, o trabalho parece estar sendo feito “ao ar livre”, ou seja, não é em uma sala ou oficina fechada. Alex está lixando uma rocha – um basalto cinza – que já foi esculpida e precisa de acabamento. A obra mede em torno de 40 centímetros de altura, 24 de largura e 19 de profundidade. Representa um rosto/ cabeça de uma pessoa. A obra integra a linha escultória “Face” palavra que significa “rostos”, em italiano.
Em segundo plano, a paisagem de arbustos, plátanos e as montanhas típicas da paisagem do Vale Aurora, interior da cidade de Bento Gonçalves.

segunda-feira, 27 de julho de 2020

Fotógrafo Helio Alexandre promove exposição com Alex Nuñes


Alex Nuñes em exposição virtual de Helio Andrade

Ocorre quinta, dia 31 de julho, a abertura do projeto cultural “Exposição Fotográfica Helio Alexandre:  A Arte para Cego Ver”. Seu foco é a produção da arte de dez artistas residentes em Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha. 
Helio Alexandre Obregon dos Santos conheceu, documentou e fotografou, no primeiro semestre de 2020, um grupo de pessoas que faz arte e que vive da arte que faz. As obras e os locais de trabalho foram capturados por suas lentes; a biografia de cada um, escrita por ele ou enviada pelos artistas; a seleção de parte das imagens e a criação da exposição online conclui o trabalho que, agora, a partir de 31 de julho, estará disponível.
Na exposição fotográfica, uma seleção das totalidade das imagens feitas pelo fotógrafo tem como diferencial a foto descrição. Helio Andrade escolheu esse formato como método de acessibilidade a fim de oportunizar a deficientes visuais o conhecimento acerca de algumas obras e artistas de Bento Gonçalves. Ao retratar artistas locais, acredita, “o projeto fomenta a produção artística e, ao descrever os retratos de obras e os seus autores, amplia o acesso e a fruição”.
Outros tempos
Devido ao cancelamento de exposições presenciais e enquanto aguarda a definição das novas datas, o fotografo Helio Alexandre, vencedor de um edital público de fomento às Artes no Município de Bento Gonçalves, Rio Grande do Sul,  decidiu oportunizar a todos uma “exposição em modo virtual”. Almeja, com essa virtualidade, gerar maior engajamento do público e levar o conteúdo gerado por meio do projeto ao maior número de pessoas possível.
Para conhecer quem são os dez escolhidos e parte de suas obras, confira o evento aqui: https://www.facebook.com/events/1158233944542495?active_tab=about
Um artista local
Alex Nuñes nasceu em Santa Maria. Oriundo de uma miscelânea de culturas em que há crenças indígenas, cultos africanos, palavras em língua espanhola e diversas atividades profissionais, passou parte da infância junto à avó Constância, uma mulher pequena e forte, casada com o uruguaio Diogo, um ferroviário habilidoso e de poucas palavras.
Na infância, brincou muito com terra e água, fazendo suas primeiras argilas enquanto esperava o tempo de se tornar adulto. Algumas colheres eram suas ferramentas, o silêncio seu maior companheiro. Desse modo, desenvolveu uma sensibilidade extrema pelas vozes, seus timbres e entonações, durações e inconstâncias.
Com a família, morou no município do Capão do Leão, onde, na adolescência, conheceu e partilhou dias com os graniteiros que trabalhavam na pedreira municipal. Ali, entre meninos e homens que quebravam pedras dos mais diversos modos – com explosivos, picaretas, ponteiros e marretas – teve parte de sua informal formação com uma das rochas que admira: o Granito.
Adulto, realizou algumas viagens de estudos às cidades mineiras de Belo Horizonte, Congonhas, Sabará, Ouro Preto, São João Del Rei, Tiradentes. Nestas, observar e admirar as primeiras manifestações da arte brasileira foi o objetivo.
Formação
Graduado em Filosofia no Instituto de Filosofia, Sociologia e Política na Universidade Federal de Pelotas em 2015, Alex Nuñes intensificou seus estudos em escultura a partir de fevereiro de 2016, quando iniciou incursões pelos basaltos da serra gaúcha. Em contato com professores de escultura na Universidade e com um grupo de artistas no Atelier de Arte da UFPel, produziu suas primeiras obras a integrar as exposições públicas em Pelotas.
Decidiu, em 2018, fixar residência onde a rocha é abundante e foi desse modo que escolheu os arredores de Bento Gonçalves para construir seu atelier de esculturas. O Vale Aurora, parte significativa da cultura de produção do vinho na região, lhe ofereceu umas das paisagens mais intrigantes para a produção da arte que desenvolve.
Admirando suas formações rochosas, pássaros de muitos tipos, espécies silvestres que ali ainda vivem, Alex encontrou um paraíso particular: silêncio, abundância em matéria prima e natureza exuberante e inspiradora.
Profissional
Alex Nuñes é filiado à Casa do Artesão e do Artista Plástico de Bento Gonçalves e, através dessa exposição, capitaneada por Helio Alexandre, amplia sua relação com a cidade.
Um diferencial no trabalho do escultor é a Certificação das Obras. Como peças únicas, que não se repetem, as esculturas de Ales Nuñes, quando adquiridas, são acompanhadas de uma Certidão de Autenticidade registrada em Cartório. Assim, o portador pode se fazer acompanhar deste documento sempre que estiver em trânsito ou mesmo quando emprestar sua escultura para alguma exposição. É um modo seguro e eficiente de comprovar a procedência, a autoria, os materiais, as dimensões e a história de cada uma das peças.
Exposições
Como marco inicial de seu trabalho público, em 2017 Nuñes participou da Coletiva do Atelier de Arte da UFPel com a obra Jardim Inhotim. A exposição ocorreu no Casarão 2, que se localiza no Centro Histórico de Pelotas entre 22/11 a 01/12.
Em 2018, aventurou-se a mostrar à cidade em que morou por 19 anos, uma Exposição Individual, com peças de todas as suas linhas escultóricas. Essa foi organizada para apenas um dia, 1º de Dezembro, no Museu do Doce.
Exposições de apenas uma peça, adquirida ou cultuada por amigos ocorrem sempre, na vida do escultor. Em 2019, Nuñes manteve obras em três locais diferentes:
1.                 Hall de entrada do Restaurante Trem Bão, em Pelotas, RS, com a obra Sapiens, em Basalto rosa;
2.                 Hall do Café Faccin, em Monte Belo do Sul, RS, com a obra Sapiens: pensamento em basalto;
3.                 Hall do Restaurante Amici, em Garibaldi, RS, com a obra Sapiens, em basalto chocolate.
A entrada do escultor no mercado de arte de Bento Gonçalves ocorreu, oficialmente, em fevereiro de 2020. Com uma Exposição individual na Casa de Cultura de Bento Gonçalves, as séries Cuore, Portais e Sapiens estiveram em exposição entre 19/02 a 12/03.
Durante esse tempo, Alex Nuñes realizou um grupo de aulas públicas sobre seu trabalho para estudantes de escolas pulicas, o que considera um marco de seu projeto como escultor.
Atelier no Vale Aurora
Para a conclusão de 2020, o escultor promoverá, no atelier que está sendo edificado por ele no Vale Aurora, uma exposição individual. Para tal, está trabalhando intensamente na série Mãos do Trabalho, um grupo de esculturas que busca revelar as marcas do trabalho nas mãos de quem o realiza.
Serviço:
Exposição de Esculturas Mãos do Trabalho
Onde? Atelier do Escultor, no Vale Aurora
Quando? 19 de novembro a 19 de dezembro.
Contatos: (53) 991 35 8765