Alex Nunes em seus estudos na UFPel. |
O escultor Alex Nunes defrontou-se
com o campo de estudos da estética há seis anos, quando ingressou no
Bacharelado em Filosofia. Convidado a ler Aristóteles, para quem a
realidade é o sensível, Nunes buscou sua “composição de narrativas” através das
experiências possíveis: evidenciar o que lhe é belo pela interferência na
rocha. Decidiu, quando iniciou a esculpir, sustentar esse olhar sobre
fragmentos de Granito, rocha utilizada para calçar as ruas das cidades na zona
sul do Estado do Rio Grande do Sul.
Seu interesse pelos estudos de
Estética durante a graduação oportunizou reflexões e observações sobre a arte
no mundo e no pensamento filosófico e, a partir do convívio com obras de
arte a céu aberto no Estado de Minas Gerais onde viveu no ano
de 2010, tornou-se um observador atento
de portais e cúpulas de Igrejas, em abundância nas terras de Aleijadinho.
João Bez Batti e Alex Nunes.
Exposição Piscianas. Caxias do Sul,
11 de novembro de 2016.
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Integra sua formação estética a admiração por acervos de colecionadores e a convivência com escultores que revelam, em salas e galerias em Porto Alegre, Caxias do Sul, Santa
Maria, Bagé e Pelotas, um olhar peculiar sobre si mesmo e o mundo.
Uma das marcas de sua trajetória foi
o convívio, desde julho de 2016, com o escultor João
Bez Batti (1940). Ao conhecer seu Atelier em Bento Gonçalves e dialogar sobre sua potente obra em basalto, seus professores, influências, estudos, Nunes teve a oportunidade de compreender o processo
criador que existe o Rio Grande do Sul e que é representado na vida e obra desse grande escultor Brasileiro. Entre as referências de Bez Batti, Vasco Prado – escultor e gravador que nasceu em 1914 e faleceu em 1998 – e
Xico Stockinger, artista plástico de
origem austríaca que nasceu em 1919 e faleceu em abril de 2009 em Porto Alegre.
Bez Batti, Nunes e o arquiteto Gilberto Ghizzo.
Exposição Piscianas., novembro de 2016.
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Diante dos grandes, o encantamento
produziu os vínculos necessários com a intensa e autoral produção que há quase 100
anos permanece sendo ofertada aos olhos e mãos dos gaúchos.
A escultura é presente no maior acervo público do RS, o MARGS, em obras em bronze, madeira e mármore de artistas como Vasco Prado, Guma, Ebling, Stockinger, Caringi, Tenius, Piloto, Fuke e Bernardeli e também nas cerâmicas de Ritter, Bertolucci, Yamamura, Crus e Olmedo, entre outros.
Para Nunes, a expressão esculpir siginifca moldar, entalhar, lavrar em matéria dura, deixar impresso um modo de ver, sentir, representar. A escolha pelo basalto de seu pela variedade de cores, pelo resultado após o processo, pela admiração por Bez Batti.
A escultura é presente no maior acervo público do RS, o MARGS, em obras em bronze, madeira e mármore de artistas como Vasco Prado, Guma, Ebling, Stockinger, Caringi, Tenius, Piloto, Fuke e Bernardeli e também nas cerâmicas de Ritter, Bertolucci, Yamamura, Crus e Olmedo, entre outros.
Para Nunes, a expressão esculpir siginifca moldar, entalhar, lavrar em matéria dura, deixar impresso um modo de ver, sentir, representar. A escolha pelo basalto de seu pela variedade de cores, pelo resultado após o processo, pela admiração por Bez Batti.
Portal do Sol.
Obra de João Bez Batti.
Caminhos de Pedra, Bento Gonçalves.
Imagem: Alex Nunes, agosto de 2016.
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Alex Nunes define a série Portais como
“uma incursão pelo trabalho com basaltos brasileiros sustentados por granitos
da região sul do Rio Grande do Sul”, onde atualmente vive. “A base, o granito
que integra-se aos solos das cidades, não impede a passagem da água e nem mesmo
o brotar de gramíneas e, por isso, foi escolhido por mim”. E, revelando um
fragmento de sua juventude, informa: “Já calcei ruas. Hoje, visito cada uma
delas e recolho um exemplar que esteja descartado. Em casa, nomeio, numero, preparo
um futuro com cada um dos fragmentos. Vou transformar em arte o que já foi dor”.
Atualmente frequentando o Atelier Livre
de Arte da UFPel, no qual fez amigos e muito aprende, Nunes mantém contato com
amigos que trabalharam como cortadores de pedra e que ainda calçam as ruas de
Pelotas. Ouve suas histórias, aprecia suas técnicas, observa a cidade que passa
como se parte deles não existisse. E projeta o futuro.
Conheça a Série Portais do RS.
Visite a Exposição de Alex Nunes em
novembro de 2017.
Mais informações, escreva para goethenunes@gmail.com
Parabéns Alex além de ser grande de amigo de infância, és grande profissional muito lindo teu trabalho uma obra de arte.
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